segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Ainda com açúcar e muito afeto.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
O tempo de uma noite
- Ainda bem.
- E o pior de tudo, é que nem mesmo me lembrei de pedir o seu telefone, nem seu endereço. E antes de trazê-la para minha casa, nem me lembrei de perguntar o seu nome.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
No chão
E então, lá de longe um homem veio ao seu encontro. Ele a observava com um olhar piedoso. Ela o olhava com um olhar que implorava solidão. O homem num gesto quase espontâneo, tirou as mãos do bolso e estendeu a mão para a menina.
- Posso tirar você desse lugar ?
- Não, você não pode.
- Porque?
- Porquê este é o lugar que pode ser meu.
- Eu estou aqui. Posso ser seu se você quiser...
- Não, não quero.
- Porque?
- Porque se você for meu, eu não serei minha. Eu preciso ser minha, infinitamente minha.
A menina corria do mundo, enquanto o mundo girava girava e girava, sem sequer espera-la.
Adeus você
Eu hoje vou pro lado de lá
Eu tô levando tudo de mim
Que é pra não ter razão pra chorar
Vê se te alimenta
E não pensa que eu fui por não te amar
Cuida do teu
Pra que ninguém te jogue no chão
Procure dividir-se em alguém
Procure-me em qualquer confusão
Levanta e te sustenta
E não pensa que eu fui por não te amar
Quero ver você maior, meu bem
Pra que minha vida siga adiante. ''
domingo, 19 de dezembro de 2010
A ex feliz cidade.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Deixa estar
Cais
Invento mais que a solidão me dá
Invento lua nova a clarear
Invento o amor e sei a dor de me lançar
Eu queria ser feliz
Invento o mar
Invento em mim o sonhador
Para quem quer me seguir eu quero mais
Tenho o caminho do que sempre quis
E um saveiro pronto pra partir
Invento o cais
E sei a vez de me lançar.
Milton Nascimento
sábado, 4 de dezembro de 2010
Domingo, 5 de dezembro de 2010, 00:30.
Com o carinho de todo o nosso mundo que construimos - e destruimos - juntos, Juliana.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Casa pré-frabricada.
domingo, 28 de novembro de 2010
Meu amor,
Afinal, o amor vem no começo ou no fim? Não sei. Só sei que ele sempre justifica os meios.
Águas de outubro
Sábado, 31 de outubro de 2009. Um dia feliz.
Do outro lado da tarde, Caio F.
Às vezes me espanto e me pergunto como pudemos a tal ponto mergulhar naquilo que estava acontecendo, sem a menor tentativa de resistência. Não porque aquilo fosse terrível, ou porque nos marcasse profundamente ou nos dilacerasse - e talvez tenha sido terrível, sim, é possível, talvez tenha nos marcado profundamente ou nos dilacerado - a verdade é que ainda hesito em dar um nome àquilo que ficou, depois de tudo. Porque alguma coisa ficou.
domingo, 21 de novembro de 2010
Sobre tudo aquilo que não se pode ver.
Aceito a condição.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Dois - Tiê
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
E você vai me ensinar as suas verdades
E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
Eu tenho alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
sábado, 13 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Para uma menina com uma flor.
Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, que aliás você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.
E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras. E porque você quando sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre num nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, como uma santa moderna, e anda lento, a fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der aquela paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.
E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta mas não concorda porque é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara– na-Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando. E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.
E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é um vazio tão grande que as outras mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse, cantando sem voz aquele pedaço em que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.
E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora – tão purinha entre as marias-sem-vergonha – a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nestas montanhas recortadas pela mão presciente de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa. E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos – eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão, de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfeitando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações – porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor.
Doce, delicado e grande mestre das palavras, Vinícius de Moraes.
domingo, 31 de outubro de 2010
Você me disse o que era sufoco, eu descobri o que é sossego.
Aqui encerro o capítulo de nossa história: o tudo, que virou nada.
domingo, 24 de outubro de 2010
... E volta o encanto naturalmente seu, com o novo e velho estado de graça.
sábado, 9 de outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Porques.
Te sinto cada vez mais. Cada vez mais perto, cada vez mais meu.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Tento ser sua flor.
Não me importa se dure até amanhã ou dure até para sempre. Ou talvez... nunca exista.
E se você fecha o olho a menina AINDA dança.
sábado, 2 de outubro de 2010
É de se entregar.
Talvez se você me fazer sorrir, eu possa falar algumas bobagens para alegrar o seu dia.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Li ber da de .
.
Escrito em junho de 2010.
Postado no dia 1 de setembro, dia em que a liberdade é tão leve que parece flutuar.
Ar.
domingo, 15 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Viver é melhor que sonhar.
'' Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
Das coisas que aprendi
Nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...''
Aqueles ares ainda me pertenciam, eu o respirava e me convencia: serão eternamente meus. Pés que calçavam número trinta e quatro e até números menores já haviam transitado por aquelas ruas, que agora calçando número trinta e seis passeavam em cima das mesmas pedras, com os mesmos sonhos e o mesmo jeito torto de sempre.
Subia as escadas que já conhecia. As árvores eram as mesmas de anos atrás, as frutas idênticas, a pintura havia mudado, não sendo a mesma de quando pequena, me tornava uma princesa mãe de uma barbie, o quadro ainda estava ali, um cavalo imutável dono de uma jovialidade eterna que a arte o proporcionava. A saudade das coisas que se foram - que raramente me lembro - me consumia a cada passo, fiz um barulho que quando calçava número trinta e quatro não fazia. Claro! agora calçava trinta e seis e não era mais uma princesa mãe de uma barbie, que produzia sons quase imperceptíveis, era um corpo maior de pés maiores. Mas e os sonhos? os mesmos. Dos mesmos tamanhos, ultrapassando o tamanho do corpo, porém, faziam barulhos altos demais dentro de mim, que ninguém era capaz de ouvir, a não ser eu. Pretérito e presente se confundiam, numa desorganização que fazia silêncio por não saber defini-los claramente. Ali, parada num lugar que já vivi muitas horas da minha meninice feliz, caos no meu interior desabrochava. O que deixei ali, há anos atrás, ainda sou eu, fiquei surpresa. Precisei passar por ali, para descobrir que o que eu fui, é ainda o que sou. Apesar de toda a liberdade de ser, e do direito de mutação, isso não me aconteceu. Enfim, entrei no lugar onde certezas foram confirmadas. O tempo me guardou, do seu jeito, mas guardou. Me vendo com seis anos, olhares ainda são os mesmos, a timidez risonha, a doçura ao cantar, o amor a Elis Regina e a música popular brasileira, o jeito de coçar o nariz, de amarrar os cabelos e de sorrir, sorriso que lá deixei e sempre volto para buscar. Sorriso largo, o mesmo, que por sorte o tempo fez o favor de guardar.
sim.
u-m.a b o n i ta e-x.centricidade.
Amém!
domingo, 11 de julho de 2010
Consulta
- Quer uma coisa prática e fácil pra se despedir dessa vida ?
- Desejo com urgência.
- Morra. É a única saída de quem tem um coração que não se suporta de tão grande, e a única saída de quem não tem saída.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
sobre flores, surgindo de amores.
Da terra e o calor
Marcam começos de amores,
e são despetaladas no começo das dores.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
assinado, eu.
O doce do chocolate, desperta em mim um anjo.
Das instâncias de menina, faz-me mulher.
Das ressonâncias de mulher, torno-me um bicho inofensivo.
'' Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher. ''
sexta-feira, 25 de junho de 2010
06:40
Pressa? não. É tudo simples e bonito demais para ser ignorado.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
do nosso amor, a gente é que sabe.
A calma voraz daqueles momentos ultrapassavam o querer. As vontades eram demasiadamente longas para terem algum fim, mas a sensação que as vezes me consome é essa: a inexistência dos fins e do tempo. É uma visão totalmente subjetiva. Há coisas que perduram e você se lembra uma vida inteira (até duas), e que só se desfazem por inteiro quando morre a carne que nos protege de tudo e nada. Era o caso daqueles grandes átimos que aconteciam confusos, doces e inesquecíveis, cada dia mais fortes. Que são perfeitos não pela ausência de tristeza, mas pela profundidade da existência de segundos ou até minutos de felicidades exageradas que salvam uma vida inteira do pensamento de solidão eterna. Tornei-me um sufixo. É algo engraçado de se pensar, porém se encaixa perfeitamente em relação ao o que sinto, pois existem coisas que precisam de outras para tornarem um só corpo, o amor entre dois corpos é o suficiente para ser um só. Tenho gosto pela minha essência - e pela nossa - e pelo corpo que somos. Isso talvez seja necessário quando mudamos as linhas narrativas da vida, talvez seja realmente preciso ser um só, pra saber como são dois. Tudo é apenas eternidade a partir do nosso reconhecimento, hoje sei que as coisas que procuramos, estão também a nosso procura, e que univeros que se distanciam mais cedo ou mais tarde se encontram. A entrega e as instâncias que por coragem ou pelo humilde prazer de amar fazem de nós seres de uma grandeza sem medida, pelo prazer do amor descobri o que até então estava escondido, mas que era eu. Conheço bem quem me ensinou a ter fé e ver coragem no amor . O que pulsa dentro de mim, é por amor, que eu recebi. Meus olhos se fecham com felicidade quando me lembro que achei uma parte do meu corpo, perdido por aí, e que quis amá-lo com cuidado e tornar-se ele como me tornei.
Me tornei o meu amor.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Tocar o que chega.
Estava ali, tangível, pronto para ser tocado e vivido com uma loucura do seu interior, era o seu segredo, guardado sem muito cuidado e pudor. Nos átimos de qualquer dia de fuga da sua natureza exterior, ele era revelado, para qualquer alguém que por acaso ou missão estivesse ali. Tocar com paz ela não sabia, até porque não existe humano que se vê desestruturando-se, entendendo aquele processo de mutação com tranquilidade. Os sonhos são entendidos com maior tranquilidade, a vida que é a eterna busca de torná-la sonho, não. As coisas que chegam para serem tocadas, desejam que procuremos entendê-las, mesmo sendo aparentemente incompreensíveis. Procuremos entender que o que chega, sempre tem uma missão essencial que tem que ser vivenciada, apesar de toda a dor da transição após o toque. Tocar não é o problema exato, o problema é sentir... tocar e sentir.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
tempo, vou te fazer um pedido.
domingo, 23 de maio de 2010
e eles têm razão ,
quarta-feira, 19 de maio de 2010
o final mente.
- O que quer de mim,Alice?
- Eu quero você.
Calou-se,e abriu as janelas que emitiam alguns raios de luz. Retomaram a conversa. Ulisses com um tom arrogante retomou a conversa.
- Quando?
- Agora Ulisses,quero você agora.
Ulisses a beijou lentamente como se fosse a primeira vez que a amasse,era a última. Em seguida,se levantou para ir embora. Alice não entendeu, então fez uma cara de quem fingia superficialidade e sorria um sorriso enfurecido por dentro diante de tamanho descaso.
- Você vai embora Ulisses?
- Claro.
- Eu disse que queria você agora!
- Pois é,já tive você durante um agora. Nosso agora já passou.
- Mas você sabe o que eu quis dizer,quis dizer sempre,quero você sempre.
- Sempre é muito tempo,querer tudo pra sempre é tedioso e sem paixão ardente. Essa idéia não me seduz mais.
- Mas meu amor está no ápice
- E eu,estou no ápice de viver agoras,sem muitos caminhos prolixos. Enfim,tudo que não seja muito convencional.
Alice estava a ponto de ter um colapso.
- Você é um babaca Ulisses!
- E você mais babaca ainda por querer-me sempre.
- Adeus Ulisses,seja infeliz!
- Já fui,meus agoras com você sempre foram infelizes. Agora,não mais...
Ulisses saiu a sorrir, a vida gritava lhe pedindo coragem para finalizar sua história com Alice,mesmo contando falsas verdades. Saiu da sua casa , atravessou a rua onde seu 'novo agora' lhe esperava com um sorriso de alegria. Ulisses segurou a sua mão e foram seguindo, andando pra qualquer lugar que pudessem começar a viver outros agoras. Na esperança do clichê e comercial: '' felizes para sempre'' .
qualquer coisa
Meiguice. Acidez. Política. Amor. João Gilberto. Samba. Bossa Nova. Araçá azul. Doçura. Tropicália. Cinema. Inteligência. Teatro. Musicalidade. Marina Bethania. Música popular brasileira. Doçura. Gilberto Gil. Ditadura militar. Franciso Buarque de Hollanda. Brasilidade. Rock'n roll. Antônio Carlos Jobim. Transa. Criatividade. Singularidade. Santo Amaro. Contradição. Áureos tempos. Mora na Filosofia. Sessenta. ''Salvador''. Literatura. Amado. Odiado.
Caetano Veloso.
'' ai,se existissem mais caetanos''
terça-feira, 18 de maio de 2010
eternamente.
Comovia-me ao vê-lo passar, subdividia-se entre dor, doçura e outras infinitas coisas, tenho certeza. Observando aquele corpo de movimentos lentos e delicados que carregava uma existência desconcertante, que engradecia meu coração e fazia dele maior que o mundo, imediatamente me senti feliz ,por alguns segundos por me engrandecer de tal forma inesquecível. Ninguém soube,muito menos sentia,mas eu me fiz gigante ao me deparar com tanta história e luta que aquele menino possuía,e claro privilegiada de ter vivenciado. Era dono de uma solidão tão perceptível, que me entristecia, porque nunca havia me deparado com tal sofrer mudo, em que os olhos iam além e supriam toda a necessidade de saliva, palavras bonitas,ou que contassem o seu roteiro até aqui,aqueles olhos que levavam consigo uma intensidade inexplicável ,de uma grande profundeza mostravam claramente que já havia vivido muita história dramática, muita estrada pra estar naquele estado quase imóvel. Sim, eu o amava com um amor insólito, que não se encontra em qualquer esquina, pedi a Deus pra que supere os conflitos com seus movimentos. Ele foi e será por muito tempo meu orgulho de ter nascido com vitalidade e com pernas pra transitar livremente. Logo eu, com o coração maior que o mundo. Tem dias que nascemos de novo, e crescemos uma eternidade como se vivêssemos eternamente.