sexta-feira, 25 de junho de 2010

06:40

A luz do sol das seis e quarenta da manhã, me ilumina nesse momento. Nessas hora prefiro parar e observar os raios solares beijando meus cabelos e aquecendo minha pele com delicadeza, embora ame o frio que me acolhe. Mas como geminiana, me permito e posso gostar dos dois com a mesma intensidade. Agora, as pessoas correm demais, estão apressadas para viver. Menos eu e o velho bêbado que está um pouco distante, ele se embebeda e se encanta mais ainda com os raios solares (tão bonitos!), e sem pressa como eu, contempla.





Pressa? não. É tudo simples e bonito demais para ser ignorado.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

do nosso amor, a gente é que sabe.


A calma voraz daqueles momentos ultrapassavam o querer. As vontades eram demasiadamente longas para terem algum fim, mas a sensação que as vezes me consome é essa: a inexistência dos fins e do tempo. É uma visão totalmente subjetiva. Há coisas que perduram e você se lembra uma vida inteira (até duas), e que só se desfazem por inteiro quando morre a carne que nos protege de tudo e nada. Era o caso daqueles grandes átimos que aconteciam confusos, doces e inesquecíveis, cada dia mais fortes. Que são perfeitos não pela ausência de tristeza, mas pela profundidade da existência de segundos ou até minutos de felicidades exageradas que salvam uma vida inteira do pensamento de solidão eterna. Tornei-me um sufixo. É algo engraçado de se pensar, porém se encaixa perfeitamente em relação ao o que sinto, pois existem coisas que precisam de outras para tornarem um só corpo, o amor entre dois corpos é o suficiente para ser um só. Tenho gosto pela minha essência - e pela nossa - e pelo corpo que somos. Isso talvez seja necessário quando mudamos as linhas narrativas da vida, talvez seja realmente preciso ser um só, pra saber como são dois. Tudo é apenas eternidade a partir do nosso reconhecimento, hoje sei que as coisas que procuramos, estão também a nosso procura, e que univeros que se distanciam mais cedo ou mais tarde se encontram. A entrega e as instâncias que por coragem ou pelo humilde prazer de amar fazem de nós seres de uma grandeza sem medida, pelo prazer do amor descobri o que até então estava escondido, mas que era eu. Conheço bem quem me ensinou a ter fé e ver coragem no amor . O que pulsa dentro de mim, é por amor, que eu recebi. Meus olhos se fecham com felicidade quando me lembro que achei uma parte do meu corpo, perdido por aí, e que quis amá-lo com cuidado e tornar-se ele como me tornei.



Me tornei o meu amor.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tocar o que chega.

Como tocar com delicadeza o que chega ignorando a nossa resistência? A razão é o motivo da chegada, a razão que faz as coisas chegarem, assim mesmo, meio sem razão...
Estava ali, tangível, pronto para ser tocado e vivido com uma loucura do seu interior, era o seu segredo, guardado sem muito cuidado e pudor. Nos átimos de qualquer dia de fuga da sua natureza exterior, ele era revelado, para qualquer alguém que por acaso ou missão estivesse ali. Tocar com paz ela não sabia, até porque não existe humano que se vê desestruturando-se, entendendo aquele processo de mutação com tranquilidade. Os sonhos são entendidos com maior tranquilidade, a vida que é a eterna busca de torná-la sonho, não. As coisas que chegam para serem tocadas, desejam que procuremos entendê-las, mesmo sendo aparentemente incompreensíveis. Procuremos entender que o que chega, sempre tem uma missão essencial que tem que ser vivenciada, apesar de toda a dor da transição após o toque. Tocar não é o problema exato, o problema é sentir... tocar e sentir.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

tempo, vou te fazer um pedido.

Por aqui, a vida vem pesada. Tudo é dito sem piedade e as palavras saem sem nenhuma vontade de ser entendidas. Eu digo, minha alma diz, minha boca e coração dizem até o que não se quer. Meu tamanho nem sempre é o que vivo, viver em outra dimensão implicam mudanças que eu talvez não conseguiria suportar, minha força é maior que meu tamanho, mas a vida as vezes é assim doída... e a dor parece ser maior que sua força, apesar de não ser. A vida como sempre grita com histeria a me pedir coragem pra viver tudo que está por vir, e me torno covarde como poucas vezes fui. Eu me vejo indo embora de mim mesma e me perdendo no meio de vontades que não me pertencem. Sou só coração e emoção, só. Nada nunca falou tão alto, nada nunca foi assim, tão merecedor de mim.