quarta-feira, 23 de junho de 2010

do nosso amor, a gente é que sabe.


A calma voraz daqueles momentos ultrapassavam o querer. As vontades eram demasiadamente longas para terem algum fim, mas a sensação que as vezes me consome é essa: a inexistência dos fins e do tempo. É uma visão totalmente subjetiva. Há coisas que perduram e você se lembra uma vida inteira (até duas), e que só se desfazem por inteiro quando morre a carne que nos protege de tudo e nada. Era o caso daqueles grandes átimos que aconteciam confusos, doces e inesquecíveis, cada dia mais fortes. Que são perfeitos não pela ausência de tristeza, mas pela profundidade da existência de segundos ou até minutos de felicidades exageradas que salvam uma vida inteira do pensamento de solidão eterna. Tornei-me um sufixo. É algo engraçado de se pensar, porém se encaixa perfeitamente em relação ao o que sinto, pois existem coisas que precisam de outras para tornarem um só corpo, o amor entre dois corpos é o suficiente para ser um só. Tenho gosto pela minha essência - e pela nossa - e pelo corpo que somos. Isso talvez seja necessário quando mudamos as linhas narrativas da vida, talvez seja realmente preciso ser um só, pra saber como são dois. Tudo é apenas eternidade a partir do nosso reconhecimento, hoje sei que as coisas que procuramos, estão também a nosso procura, e que univeros que se distanciam mais cedo ou mais tarde se encontram. A entrega e as instâncias que por coragem ou pelo humilde prazer de amar fazem de nós seres de uma grandeza sem medida, pelo prazer do amor descobri o que até então estava escondido, mas que era eu. Conheço bem quem me ensinou a ter fé e ver coragem no amor . O que pulsa dentro de mim, é por amor, que eu recebi. Meus olhos se fecham com felicidade quando me lembro que achei uma parte do meu corpo, perdido por aí, e que quis amá-lo com cuidado e tornar-se ele como me tornei.



Me tornei o meu amor.