domingo, 23 de maio de 2010

e eles têm razão ,


quando vêm dizer
que eu não sei medir
nem tempo e nem medo
e se eu for
o primeiro a prever
e poder desistir
do que for dar errado?

'' não se trata do tamanho do desafio. se trata do meu tamanho.''


tão pequenina, num mundo que se estende sem pedir licença.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

o final mente.

Inicia-se uma conversa de Ulisses e Alice.

- O que quer de mim,Alice?
- Eu quero você.

Calou-se,e abriu as janelas que emitiam alguns raios de luz. Retomaram a conversa. Ulisses com um tom arrogante retomou a conversa.

- Quando?
- Agora Ulisses,quero você agora.

Ulisses a beijou lentamente como se fosse a primeira vez que a amasse,era a última. Em seguida,se levantou para ir embora. Alice não entendeu, então fez uma cara de quem fingia superficialidade e sorria um sorriso enfurecido por dentro diante de tamanho descaso.

- Você vai embora Ulisses?
- Claro.
- Eu disse que queria você agora!
- Pois é,já tive você durante um agora. Nosso agora já passou.
- Mas você sabe o que eu quis dizer,quis dizer sempre,quero você sempre.
- Sempre é muito tempo,querer tudo pra sempre é tedioso e sem paixão ardente. Essa idéia não me seduz mais.
- Mas meu amor está no ápice
- E eu,estou no ápice de viver agoras,sem muitos caminhos prolixos. Enfim,tudo que não seja muito convencional.

Alice estava a ponto de ter um colapso.

- Você é um babaca Ulisses!
- E você mais babaca ainda por querer-me sempre.
- Adeus Ulisses,seja infeliz!
- Já fui,meus agoras com você sempre foram infelizes. Agora,não mais...

Ulisses saiu a sorrir, a vida gritava lhe pedindo coragem para finalizar sua história com Alice,mesmo contando falsas verdades. Saiu da sua casa , atravessou a rua onde seu 'novo agora' lhe esperava com um sorriso de alegria. Ulisses segurou a sua mão e foram seguindo, andando pra qualquer lugar que pudessem começar a viver outros agoras. Na esperança do clichê e comercial: '' felizes para sempre'' .

qualquer coisa


Meiguice. Acidez. Política. Amor. João Gilberto. Samba. Bossa Nova. Araçá azul. Doçura. Tropicália. Cinema. Inteligência. Teatro. Musicalidade. Marina Bethania. Música popular brasileira. Doçura. Gilberto Gil. Ditadura militar. Franciso Buarque de Hollanda. Brasilidade. Rock'n roll. Antônio Carlos Jobim. Transa. Criatividade. Singularidade. Santo Amaro. Contradição. Áureos tempos. Mora na Filosofia. Sessenta. ''Salvador''. Literatura. Amado. Odiado.

Caetano Veloso.

'' ai,se existissem mais caetanos''

terça-feira, 18 de maio de 2010

eternamente.

Comovia-me ao vê-lo passar, subdividia-se entre dor, doçura e outras infinitas coisas, tenho certeza. Observando aquele corpo de movimentos lentos e delicados que carregava uma existência desconcertante, que engradecia meu coração e fazia dele maior que o mundo, imediatamente me senti feliz ,por alguns segundos por me engrandecer de tal forma inesquecível. Ninguém soube,muito menos sentia,mas eu me fiz gigante ao me deparar com tanta história e luta que aquele menino possuía,e claro privilegiada de ter vivenciado. Era dono de uma solidão tão perceptível, que me entristecia, porque nunca havia me deparado com tal sofrer mudo, em que os olhos iam além e supriam toda a necessidade de saliva, palavras bonitas,ou que contassem o seu roteiro até aqui,aqueles olhos que levavam consigo uma intensidade inexplicável ,de uma grande profundeza mostravam claramente que já havia vivido muita história dramática, muita estrada pra estar naquele estado quase imóvel. Sim, eu o amava com um amor insólito, que não se encontra em qualquer esquina, pedi a Deus pra que supere os conflitos com seus movimentos. Ele foi e será por muito tempo meu orgulho de ter nascido com vitalidade e com pernas pra transitar livremente. Logo eu, com o coração maior que o mundo. Tem dias que nascemos de novo, e crescemos uma eternidade como se vivêssemos eternamente.